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segunda-feira, 14 de junho de 2010

O futebol e os brasileiros

Bruno Fabrício Cruz

É em época de Copa do Mundo, quando o Brasil se veste de verde e amarelo para torcer por sua Seleção, que percebemos as sutis diferenças entre os povos de cada país, e como o brasileiro é uma gente diferenciada. O nosso futebol expressa a própria personalidade de nossa população. A habilidade de Robinho e Kaká com a bola demonstra a mesma destreza com que sobrevivemos em um Estado com políticos desonestos, falência da saúde pública, alta criminalidade, etc.

O brasileiro, apesar de todos os problemas que o acometem, de fato, não desiste nunca. E isso porque os desafios servem para serem superados. Nossa gente é criativa, batalhadora, auspiciosa, em sua maioria. Possuímos uma visão de vida diferente dos demais países. Perto de nós, alguns povos são quase ingênuos, inocentes, e isso se reflete no futebol.

Romário deixou os adversários tontos em 1994, com suas jogadas rápidas e eficientes, quando conquistamos o tetracampeonato mundial. Igualmente Ronaldo, em 2002, com o penta, principalmente na final, quando derrotou o inabalável goleiro da Alemanha com dois lindos gols. O fantástico Pelé, nas Copas de 1958, 62 e 70, driblando os jogadores das outras equipes como se estes fossem amadores em campo. Esses craques da bola vieram de baixo, eram pobres, mas tinham características excepcionais. Sobressaíram no futebol e ascenderam para uma condição econômica almejada por muitos. Eles são, com certeza, os nossos heróis. Exemplos de que a situação quando do nascimento não determina o destino de ninguém. Não eram soldados, mas lutaram em uma espécie de guerra. Assim como a Copa do Mundo é um conflito simulado de nações.

Tenho que o futebol é uma distração, um esporte para entreter as massas, como as lutas de gladiadores na Roma antiga. Porém, diferentemente daqueles guerreiros, no futebol toda a nação está torcendo por aqueles jogadores de uniforme canarinho, que, efetivamente, estão representando a pátria. No campeonato mundial, o torcedor não está comemorando os problemas sociais do Brasil. Está, sim, celebrando a vontade de vencer de nosso sofrido povo. As coisas boas que o Brasil possui – com efeito, temos muitas. E aqui está a íntima relação do brasileiro com a sua Seleção. Mesmo para aqueles que não acompanham o futebol, a respeitada camisa amarela sempre será sua identificação em qualquer lugar do mundo.

Os demais povos sentem simpatia pelo brasileiro, seja na Itália, no Canadá, ou no Afeganistão. Em todos os lugares do planeta, a primeira coisa que sempre ouvimos é: Pelé, Ronaldinho, Kaká. E isso não é motivo de vergonha, pelo contrário, devemos ter orgulho de nosso talento em campo, a marca do carisma de nosso povo. Precisamos do futebol, é o nosso incentivo para trabalhar a cada dia e, para muitos, a única alegria. Coitados daqueles países que não possuem uma seleção como a nossa.

É por isso que nesta Copa do Mundo, mesmo não entendendo muito desse esporte e não gostando da escalação do Dunga, vou torcer entusiasmado pela Seleção Brasileira.

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