Desejo que este espaço seja um local que você tenha prazer de participar, e que nossas trocas intelectuais, culturais, emocionais e espirituais resultem em acréscimo para todos nós.  A intenção deste blog também é de publicar algum artigo que você tenha produzido, para que todos aprendamos sobre os mais diversos temas. Enfim, que este seja um local
aconchegante para você.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

VOCÊ É SUBSTITUÍVEL?

Amigos,

desconheço a autoria do texto abaixo,
mas gostei do conteúdo e por isso o público.

Será mesmo que você é substituível?
Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua
equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça:
"ninguém é insubstituível".
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os
gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De
repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? - encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven?
Silêncio.
Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei
muito pertinente falar sobre isso.
Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas,no fundo
continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e
que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra?
Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge
Amado? Paul Newman? Albert Einstein? Picasso? Zico?
Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem
fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim
insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para
alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus
conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe
focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar
'seus gaps'.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era
instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis obsessivo... O que
queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte
discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar
seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro.
Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas´ de
sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha
por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola,
Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E na gestão
dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Quando o Zacarias dos Trapalhões faleceu, ao iniciar o programa seguinte, o
Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:
"Estamos todos muitos tristes com a partida de nosso irmão Zacarias...
e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém... pois nosso Zaca é
insubstituível"!
Portanto nunca esqueça: Você é um talento único....com toda certeza ninguém te substituirá.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A VIDA É CURTA

Gosto muito do estilo, conteúdo e criatividade dos textos da
escritora Matha Medeiros. Abaixo consta um artigo demonstativo
do seu inegável talento. Que vocês possam apreciar tanto quanto
eu gostei, é o meu desejo.
UM GRANDE 2011 A VOCÊS, MEUS ESTIMADOS AMIGOS.
OBRIGADA A CADA UM POR 2010! E QUE PROSSIGAMOS
JUNTOS...

Regina





Martha Medeiros

Amanhã (hoje) é Dia de Reis. Segundo a tradição, é quando
se deve desmontar a árvore de Natal, mas fico pensando se a
trabalheira não será à toa. O próximo Natal já se aproxima, não
seria mais conveniente deixar a árvore onde está, como um enfeite
vitalício da casa? O espaço entre dois Natais nunca foi tão curto.
Constatado o milagre da redução dos anos(antigamente eles possuíam
365 dias, mas desconfio de que somem hoje no máximo uns 274), o
melhor a fazer é desfrutar o tempo que nos resta.
Para começar, chega de seguir ao pé da letra as regras de bem
viver estabelecidas pela intelectualidade. Claro que a cultura é importante,
que não se deve desdenhar da sabedoria transmitida pelos filósofos, que a
inteligência é o valor maior. Mas basta desse monopólio: é chegada a hora
de valorizar também os instintos.
Se a palavra de ordem é produzir, produzir, produzir, responda com
uma boa soneca: durma depois do almoço. Assuma o espanhol que há em você:
siesta! Se não puder sair do escritório, tire um cochilo onde estiver,estique-se
em algum canto, durma no carro, dentro do banheiro, sentado numa cadeira.
Feche os olhos e desapareça por 20 minutos, mesmo que todos continuem vendo.
Você está indo bem na terapia, quase acredita que está se curando, ainda
que não tenha entendido exatamente do que deve se curar. Mas,sem que seu
digníssimo analista suspeite, reprise alguns dos seus erros de vez em quando.
Recaia. Sucumba. Vai atrasar o tratamento? Vai. Mas, logo, logo, é Natal,
jingle bell, paz na terra, estão todos perdoados por terem reincidido em seus
pequenos e deliciosos crimes contra si mesmo.
Se dirigir, não beba.Se costuma ficar violento, não beba. Se é do tipo
que dá vexame, não beba. Se tem um histórico de alcoolismo, não beba. Mas se
não for colocar ninguém em risco, muito menos a si próprio, celebre. Tim-tim!
E se é verdade que dentro do mais chique dos mortais há um brega enrustido
que não vê a hora de se manifestar, eis o momento. Abuse do Roberto Carlos, cante
no chuveiro, leia um best-seller daqueles que fazem seus amigos torcerem o nariz e
enfeite seu drinque colocando nele uma sombrinha de papel colorido.
A sombrinha do coquetel é o símbolo máximo do " estou nem aí para o que irão
pensar, sempre quis me sentir num lual havaiano ". Pode ser uma sombrinha metafórica,
desde que simbolize seu estado de espírito, que faça parte do plano de desestressar
e curtir a seu modo o restinho de ano que sobra. Estamos em janeiro, o inverno é amanhã
e o Natal não demora. Contra-ataque com a sombrinha.