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aconchegante para você.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O Padre

Escrevi o texto abaixo em 27/12/2007, em homenagem
a meu dileto amigo Tarcísio de Nadal.
Agora, decorridos quase três anos, ele nos deixa e parte para
estar ainda mais próximo do Pai.
Penso que ficamos todos nós como que órfãos,
mas, em contrapartida, herdamos dele um aprendizado
de amor, sabedoria e abertura sobre a arte do perdão.
A alegria que permanece é a lembrança dos ricos diálogos
e profundidade das idéias, bem como, aconchego na espiritualidade
enraizada na riqueza da pessoa e do tesouro do coração de Cristo.
Pelo Nome Deste sabemos agora que Tarcísio já vê a Deus
face a Face.
Obrigada por tudo, Tarcísio.


Regina Medeiros Fabrício

Ela o conheceu numa missa da faculdade.
Já ouvira falar dele, mas somente agora ouvia a sua voz calma.
Olha para a imponência da sua altura como na visão idealizada de uma adolescente.
Crê piamente que ele tem as respostas para calar a infinidade das suas interrogações.
Se assim o fizesse, o admiraria menos.
Ele prefere o embate filosófico, crítico, questionador, e aumentar o rol das perguntas que não tem fim.
Uma resposta do que pensa é sempre um caminho de reticiências.
Isso evoca nela a urgência de encontros mais frequentes. Agora têm a companhia questionadora que no percurso, religioso ou não, sempre procurou.
É " a busca tateante do homem ", como ele escreve.
A procura é infindável, eterna.
Espiritualidade que tem sede contínua,
e ele responde :
" Bebereis das fontes ".
Sua alma se aquieta com o conselho voltado para a profundeza e magnitude da oração.Buscar Deus,
Nele se aninhar.
Sossego, sossego para a alma interrogante
da vida em abundância que foi prometida.
Está bem!Se não tens as respostas e ainda assim teu olhar não se perturba. Segue sendo verde, translúcido e calmo, e eu vejo nele um túnel de ironia,
estarei enganada ?
Cuida, daqui a pouco vou litigar contigo.
Já sei, não és Deus, nem semideus,
és homem como eu,
guerreiro em vigília permanente
no despertar do dia
ou no silêncio da noite,
junta-te a mim, o céu sempre é a testemunha muda
respondendo teimosamente com mais mistérios
se é ou não o nosso aliado
seja na alegria ou na tristeza.
Quero a tua parceria.Vem.
Se não tens as respostas, vem,
beija a minha mão.
Eu sou a papisa,vamos juntos beijar as asas dos anjos.

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