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sábado, 24 de dezembro de 2011

O natal da Branca de Neve

Aquela menina de imensos olhos – e de um quieto e manso olhar - perdeu a quietude quando chegou o Papai Noel.

Todos lhe falaram, em contos de Natal, que ele é um bom velhinho. Mas ela tem só dois anos e, pelo certo, pelo errado, foi para o colo seguro que é o pai que lhe pode dar.

Papai Noel, roupa vermelha, barba branca, com sua voz rouca dizendo “ho,ho,ho", é tudo que consegue vislumbrar.
Como saber se é bom esse velhinho?
Ele estende tantos presentes bonitos que seu coração desejava, vai ver que é bom esse senhor.

Os primos maiores parecem com ele tão à vontade, talvez assim também possa se sentir.

O tio querido lhe pega no colo. A voz grave traz para ela a poesia dos contos de fadas.
Nos seus braços está tão segura que arrisca um beijo na bochecha enrugada do Papai Noel.

Diante dos presentes está tão fascinado o seu olhar que é perceptível o encantamento que tem esta noite, tão diferente, por algum motivo, de todas as outras.

Ela parece a Branca de Neve… tez tão branca, cabelo tão moreno.
Todos que a rodeiam são tão altos… onde estão os sete anões ?

Tão faceira acompanha a brincadeira dos primos maiores, é “a pequena".
Corre, rindo, atrás de todos eles, para a casa do vizinho. Por que será que eles correm para lá?
O caminho tem enfeites com luzes e fitas, será que é para saber por onde voltar? Já lhe contaram sobre isso na história do Joãozinho e Maria e a vó também fazia assim para ensinar às crianças como encontrar os ninhos de Páscoa. Parece um mundo encantado.

Riso permanente, vestido branco de laços e flores cor de rosa, mais parece uma princesa.
Não traz alvoroço à festa, mas marca de forma tão definitiva sua presença que, à sua passagem, é como se entrasse uma Rainha .
Tem tal magnetismo sua presença que dela não consegue se desprender nosso olhar.
Seus olhos nos interrogam com uma urgência de perguntas, respondidas com sorrisos e caretas que gosta de imitar. Fita com seus grandes olhos castanhos cada presente que vislumbra que, quietinha, responde só sorrindo para os rostos conhecidos que desejam perceber se está feliz.

Nos braços amorosos da tia que a abraça com tanto carinho e aconchego, que enfeitou a casa para o Natal com tanta fantasia e encantamento, parece dizer, no coração quieto e também repleto de emoções:

“Natal é uma coisa tão boa
Adoro Papai Noel.
Essa música é tão bonita
que agora eu vou dançar.”

Regina Fabrício

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