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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A menina, o Papai Noel e a noite mágica de Natal

“Papai Noel chegou!", anuncia alguém.
Corre pela rua a menina feliz para alcançá-lo o quanto antes. Quer compensar o tempo da expectativa da espera. Olha-o encantada, corre e corre ao seu encontro.
Os cabelos morenos cacheados, soltos ao vento, balançam ritmados. Juntam-se a ela outros pequenos em bandos, e ela permanece sendo a mais veloz.

Papai Noel sente-se rejuvenescido no seu cansaço vendo a alegria da menina sorridente que se aproxima cada vez mais. Vem exultante, já o alcança. O abraço que o envolve é grande e tão apertado quanto conseguem seus braços aos quatro anos de idade. Os olhos fechados para eternizar na memória o momento, as pálpebras maquiladas com a sombra brilhante que passara com o cuidado da vaidade feminina e infantil.

Conta ele mais tarde estar “chegando da Sibéria", e que ter visto aquela criança em especial convidando-o para entrar na sua casa deu “muito mais significado à sua vinda". Ele entendeu a dimensão da visita quando, no pátio da residência iluminada e decorada, viu a mesa que ela preparou na casa de bonecas, onde aquela menina recebe personagens encantados dos seus castelos de príncipes e princesas.

O tempo corre no relógio, marcando o riso daquelas horas. Na alma dos adultos a viagem de cada um nas lembranças dos Natais da infância preparados com tanto zelo e amor por seus pais. Hoje eles repassam a seus filhos a herança recebida sobre uma noite de encanto.

As crianças abrem com pressa os embrulhos dos presentes, o sorriso aberto pelo desejo atendido.

A chuva aguardou o tempo certo para refrescar a noite. Veio a ceia de confraternização. No coração de todos a oração consagrada aos seus amores, qual seja, graça recebida do alto, lá onde cintila a estrela mais importante, porque faz parte da história desta família que está reunida.

Papai Noel se despede. Beija a menina.
Ela pergunta para a tia:
-"Meus olhos estão lindos?", fechando-os para mostrar a sombra luminosa adornada pelos cílios longos, fartos e curvos.
Respondo:
-“Sim, estão maravilhosos.”
Ela me olha com um brilho sem igual no olhar, e nele cintilou a estrela brilhante que ensinou a ser o Natal tão mágico, feliz e encantado.

A menina dormiu o sono doce, com o sorriso nos lábios que têm todos os inocentes.

Regina Fabrício

3 comentários:

  1. Lindo Re, simplesmente magnífico.

    Parabéns, seu modo de escrever é delicado e tocante.

    Um abraço!

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  2. A menina é aquela de Santo Ângelo? Só pode ser!
    E a história parece profecia, nesta manhã começou a chover e a refrescar. Também estamos aguardando o Papai Noel, correr atrás dele para dar o abraço.

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  3. oi gostaria de afiliar a esta famosa amiga querida.

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